Amigos e familiares de Sílvia Bragança oferecem livros ao ISArC

Um grupo de amigos e familiares da artista Sílvia Bragança ofereceu, hoje, 15 de Fevereiro, 118 títulos da sua colecção de livros. Trata-se de livros que versam sobre arte, mas também sobre pedagogia, duas áreas que foram a inclinação da artista. Presente no evento, o Director-Geral do ISArC, Prof. Doutor Filimone Meigos, disse sentir-se lisonjeado e agradecido pelo facto de os amigos e familiares de Sílvia Bragança terem entendido que parte do seu espólio seria útil à comunidade académica do ISArC. “Na maioria das ocasiões em que conversei com a Sílvia, nunca faltou o tema da criação artística em Moçambique. Sílvia está na génese da fundação do ISArC, integrou a equipa de instalação da instituição”, afirmou o Director.


Por seu turno, as representantes do grupo de amigos e familiares de Sílvia Bragança, para além de sublinharem a sua convivência com Sílvia Bragança e com o seu marido, Aquino de Bragança, fizeram questão de revelar a paixão de Sílvia pelas artes e pela pedagogia. "Sílvia estava sempre a ensinar. Embora aqui tragamos uma colecção que é essencialmente sobre arte, estou certa de que ela sentir-se-ia orgulhosa de ser lembrada como pedagoga”, afiançou Cristina Horta, amiga de Sílvia.

Teresa Veloso, outra amiga quer de Sílvia como de seu marido Aquino de Bragança, lembrou a convivência com ela e o seu entusiasmo pelas artes. “Para além desta entrega de parte do espólio de Sílvia de Bragança ao ISArC, temos mais planos por realizar em sua memória. Um deles consiste em organizar uma exposição das suas obras, para que o público a conheça, sobretudo os mais novos. Outra actividade vai consistir na construção de um blogue para que, quem que quer seja possa saber mais sobre ela, sua vida e obra,” afirmou Teresa Veloso, antes de sublinhar que “a Sílvia ia gostar de saber que o seu espólio foi entregue ao ISArC”.

Sílvia Bragança faleceu em Setembro de 2020, na Índia, um dos seus locais de residência, a par de Moçambique e Portugal. Era formada em Belas Artes, em Portugal, onde reencontrou Aquino Bragança, o pan-africanista que viria a ser seu marido. Aquino de Bragança, que era Director do Centro de Estudos Africanos da Universidade Eduardo Mondlane (UEM), faleceu no acidente de Mbuzini, em 1986, na companhia do então Presidente Samora Machel e outras figuras